29 de mai. de 2011

Carnaval - Rio

05/03/2011  

Rio de Janeiro. Carnaval, sexta-feira.

Hoje é a nossa segunda diária no hotel Rio Galles em Santa Tereza, na Lapa.
Aqui é um puteiro na verdade, só tem traveco. Super bizarro. A diária por R$ 60, nos submete a tal situação. Estamos vivenciando um estudo antropológico, adversidades culturais - passamos o dia na zona sul em Ipanema, e depois passamos a noite na zona norte, nos deslocando de motéis a puteiros cada um mais perturbador que o outro. O primeiro foi um motel típico da luz vermelha e azul piscando. Entramos e nos deparamos com girassóis de plástico (coisa que divide as semelhanças entre Van Gogh e Almodóvar). A senhora do balcão era um tanto cafetina. Seus grandes óculos entre a pele morena e com rugas, observava as duas sapatões com cara de gringas. O que pensava ela ao nos ver? Pessoas estranhas em lugares indevidos. Evocamos essas estranhas energias suburbanas do Rio de Janeiro, como hoje por exemplo - fomos abordadas por Sheila e a sua colega de comunidade do Morro do Pavão. As simpáticas e marrentas “pretas malandras” abraçaram  nossa causa e sentiram na pele a nossa discriminação ao medo de subir no morro com elas. Puxando fortemente nosso braço e usando seus sinos faciais bem desenvolvidos para reverberar aquela marra carioca. Era um mar turbulento (daqueles que puxa) – levamos um caixote.



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